Voto Eletrônico, Voto Seguro?

sexta-feira, janeiro 11

A máquina de votar Diebold e o Santo Baite do TSE


Do Observatório de Inteligência

Sob o título "‘Errors’ Transposing Votes and Diebold Machines Removed Votes From Obama and Paul", há suspeita de fraudes e/ou "erros" nas primárias americanas. Segundo o artigo:

  • Houve 5 pontos percentuais de diferença entre os resultados das máquinas e dos votos em papel

  • Houve fraudes e erros de transposição entre a seção e o órgão de totalização, quando um candidato com 31 votos apareceu com zero no resultado final

  • Traficante de droga é chefe de programação

Estudo recente realizado por duas equipes de cientistas (acadêmicos e corporativos) no estado de Ohio custou em torno de 2 milhões de dólares. O relatório executivo foi apresentado no dia 14 de dezembro de 2007 pela Secretária de Estado Jennifer Brunner e determinou a exigência de utilização de urnas eletrônicas com impressão do voto, nas eleições de 2008. Com isso, somam 38 os estados americanos que aboliram a urna eletrônica sem comprovante.

Vale a pena recordar que a Diebold possui quase 90% do mercado brasileiro de urnas eletrônicas, onde, com a marca Diebold-Procomp, produziu 375 mil das 426 mil urnas eletrônicas que foram utilizadas nas eleições presidenciais brasileiras de outubro de 2006.

Há ainda inúmeros casos documentados de fraudes eleitorais decorrentes de fragilidades do sistema. O mais recente foi brilhantemente demonstrado pelo ITA, no caso Alagoas. Já está mais que provada a vulnerabilidade das urnas eletrônicas (veja na seção Artigos - Urnas Eletrônicas). Goste ou não o TSE, o adorador do Santo Baite.

sexta-feira, dezembro 21

Moção da ASTI

A ASTI (Federação das Associações Francesas de Ciências e Tecnologias da Informação) adotou em 13 de dezembro de 2007 a seguinte moção:

"A Federação das Associações Francesas de Ciências e Tecnologias da Informação alerta a não recorrer ao voto eletrônico anônimo em nome da precaução.

A ASTI está convencida de que a ciência e a tecnologia da informação podem contribuir positivamente no desenvolvimento da democracia.

Ela deve, entretanto, alertar os poderes públicos da impossibilidade, no estado atual da tecnologia, em realizar uma votação anônima controlada diretamente pelos eleitores em conformidade às disposições da Constituição e do Código Eleitoral.

Pesquisas estão sendo desenvolvidas mas ainda não permitiram a implantação de sistemas que permitam o exercício de um controle democrático indiscutível.

No aguardo desses avanços científicos e tecnológicos, a ASTI recomenda que essas pesquisas continuem e que os poderes públicos, os partidos políticos e a sociedade civil não recorram de modo algum ao voto eletrônico anônimo, inclusive por meio de máquinas de votar".

ASTI: http://asti.ibisc.univ-evry.fr/