Voto Eletrônico, Voto Seguro?

sexta-feira, junho 15

Cavalo de Tróia



Do Observatório de Inteligência

Qual a diferença entre as fotos? Difícil dizer? Salve cada uma delas com um nome diferente. Verifique o tamanho dos arquivos. Et voilá! Um tem 17k, o outro tem 30k. Como isso?

A foto à direita tem incluída uma linha de programa que remete a um texto chamado "Manifesto dos Professores", um documento de adesão contra o voto eletrônico sem impressão. Não, não tem como ver. Para isso é necessário um programa, muito fácil de conseguir. Pode ser baixado em http://paginas.terra.com.br/lazer/fredigiesbrecht/Paginas/Adendo.htm. Depois de instalá-lo você poderá abrir as duas imagens e verificar o que está dentro da segunda. A senha é alerta.
Adendo é um programa que permite esconder mensagens, arquivos ou pastas dentro de imagens. Desenvolvido para proteger dados, caso alguém resolva "bisbilhotar" seus arquivos.

Há algum tempo atrás, existia uma teoria de que as fotos dos candidatos na urna eletrônica poderiam levar um código secreto capaz de modificar os resultados das eleições. Naquela época parecia teoria da conspiração, mas era perfeitamente possível para quem conhecesse mais a fundo a codificação de imagens. Como isso poderia funcionar? Simplesmente colocando uma única linha de código em algum dos milhares de programas que compõe a urna, com a função de desviar o curso do programa para uma rotina dentro de uma foto do candidato. Toda a lógica da fraude estaria no código escondido dentro da foto. Depois de efetuada a fraude, essa rotina devolveria o controle para o programa da urna, na linha seguinte à do desvio.

Esta hipótese era perfeitamente viável naquela época, como o é hoje. A diferença é que hoje está disponível na internet. Não existe mais segredo. Imagine que Angelina Jolie fosse candidata a prefeita de uma cidade aqui no Brasil, e que ela tivesse um esquema com um programador que tenha acesso às urnas. Num dos programas do TSE basta a inclusão de uma única linha de código, e na foto da candidata uma simples rotina que, por exemplo, a cada voto dado a ela some 2 em vez de 1, e subtraia 1 de um outro candidato. Está feita a fraude, elege-se um prefeito. Você dirá: se alterar o programa do TSE será fácil pegar. É verdade, à condição que algum fiscal saiba fazer uso do programa de verificação da assinatura digital, e que ele efetivamente o faça nas urnas dessa cidade. Sabe-se, contudo, que isso não acontece.

Agora, imagine que um programador do TSE incluiu esta linha em algum dos milhares de programas da urna. Uma linha dessas passa despercebida pelo chefe dele, pelos seus colegas, por qualquer perito em informática, por qualquer auditoria do tipo que o TSE permite. É uma linha que não faz nada, como centenas de outras que passam despercebidas. Os programas estão abertos aos fiscais, que nunca encontrarão nada de suspeito. E então essa linha de código está em TODAS as urnas no Brasil inteiro, em todas as eleições. Alguém pode garantir que isso já não tenha ocorrido em sua cidade, em qualquer das eleições desde 1996? NINGUÉM pode! (OI/Brasil acima de tudo)